quarta-feira, 18 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
A BIBLIOTECA DE MINHA TERRA
*João Ubaldo Ribeiro
Sei que é lugar-comum, mas não há forma mais simples de dizer o que quero: parece que foi ontem que eu morava em Itaparica, minha terra de que nunca esqueço, e saía de casa pela madrugada antes de o Sol raiar, todos os dias. Passava no Mercado, via a chegada das canoas e saveiros que tinham atravessado a noite labutando no mar, conversava com meus amigos peixeiros e barraqueiros e finalmente ia para minha sala na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior. Minha sala, sim. A Biblioteca, generosamente, tinha cedido uma sala para meu uso exclusivo, me confiara a chave da casa, era agora meu querido abrigo, meu local de trabalho, minha toca.
Nada equivale à felicidade de chegar, o Sol já começava a reluzir como só reluz em Itaparica, abrir as grandes portas laterais que davam para flores, trepadeiras e arbustos coloridos e inspirar o ar de perfume sutil que vinha na brisa. O trabalho tinha sempre que ser adiado algum tempo, porque era impossível resistir às novidades de cada dia, um ninho de marimbondos em construção, um beija-flor turista, os bem-te-vis bisbilhoteiros de sempre, borboletas de todos os matizes, até mesmo as lagartonas estampadas que aparecerem uma vez e ficaram uns trinta dias nas árvores, para nunca mais voltar. Cada dia era uma festa diferente e aprendi muito a viver e estimar cada um deles – isto também devo à Biblioteca.
E havia os livros, os livros! Os livros forrando as paredes, meus volumes misturados com os da casa, livros por tudo quanto era lado. Para mim, bicho criado no meio de livros, não pode existir ambiente mais aconchegante e, ao mesmo tempo, revigorante do que eles, fosse nas enormes estantes mais ou menos organizadas de meu pai, fosse nas pilhas montanhosas de tudo quanto era publicação imaginável que meu avô, o coronel Ubaldo Osório, tinha em casa e na Coletoria Federal onde fingia que trabalhava, mas na verdade, só pensava em procurar, cantar e defender ferozmente as maravilhas de nossa terra, que ele achava a melhor do mundo em qualquer categoria concebível. E agora eram os livros da Biblioteca. Desejei, muitas vezes, que o fantasma de meu avô aparecesse por ali, pois tenho certeza de que ele freqüenta a Biblioteca, seria também o lugar dele. Mas, infelizmente, ele nunca se dignou e deixei de ter as conversas que, quando ele era vivo, eu era bobo demais para entender.
A Biblioteca de minha terra está festejando 35 anos. E que Biblioteca! Grande parte de seu acervo está um pouco velha, mas isso, sob um certo aspecto, é até um atrativo. Lá se encontram os clássicos, lá se encontram centenas ou milhares de livros valiosos, hoje disponíveis somente com dificuldade, em qualquer parte. E o acervo mais atualizado presta serviços aos estudantes e a todos os que a procuram. É uma biblioteca preciosa e viva. Milagre, num país acostumado a ver a cultura tratada como bem de quinta classe. Milagre, sim, mas obra humana, desde o general Juracy Magalhães, que até o fim da vida se ocupou da biblioteca, através da fundação que criou. A bibliotecária que a dirige atualmente, minha amiga Dalva, de quem pretendo matar as saudades neste verão, junto com todo oceano de saudades da ilha, que não me deixam nunca. Dalva é danada. Trabalhadora, sensível, tenaz, empreendedora, transformou a biblioteca num centro de cultura com iniciativas de levar às lágrimas quem testemunhar a alegria da gente humilde da terra em assistir e participar de coisas que antes não estavam ao seu alcance. Eu devia tomar parte pessoalmente no festejo, mas a vida não deixou. O coração, no entanto, continua lá. Depois que entrou, nunca mais saiu.
Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2003
* Nota da direção da ACB: João Ubaldo Ribeiro, formado em Direito, escritor consagrado, membro da Academia de Letras da Bahia e da Academia Brasileira de Letras. Abaixo, fotografia do mesmo com sua amiga Dalva Lima, mencionada no texto e de Benjamin Batista, presidente da ACB, no aniversário do imortal escritor em 2009 na referida Itaparica.
MÁRIO VARGAS LLOSA E A LITERATURA LATINO AMERICANA
A literatura latino-americana ficou famosa durante os anos sessenta, quando o Realismo Mágico de autores como o colombiano Gabriel García Márquez (1928) e o peruano Mario Vargas Llosa (1936) publicaram os seus livros mais conhecidos. Cem Anos de Solidão, de Márquez, publicado em 1967, ficou mundialmente famoso e foi traduzido em vários idiomas. Como reconhecimento de sua obra, ele ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1982 e ainda é um escritor muito popular. Após García Márquez, a chilena Isabel Allende continuou a tradição do realismo mágico, com A Casa dos Espíritos, cuja trama se passa durante os anos do governo de Salvador Allende, pai da escritora (1970-1973), no período imediatamente anterior ao regime ditatorial, implantado no Chile por Augusto Pinochet, sucessor de Salvador Allende.
Antes de Márquez, Vargas Llosa e Isabel Allende, Gabriela Mistral e Pablo Neruda, dois poetas chilenos, foram também laureados com o Prêmio Nobel de Literatura e que, por isso, tornaram-se mundialmente famosos.
Também nós, brasileiros, tivemos, nesse período, um escritor brilhante, conhecido do mesmo modo em todo o mundo, por sinal, baiano: Jorge Amado. Mas, nem com ele, nem com outro qualquer seu contemporâneo, pudemos desfrutar desse orgulho, de termos um escritor brasileiro com esse galardão. Por isso, temos de nos contentar com os irmãos vizinhos, poetas, contistas e romancistas de primeira grandeza, cujas obras são conhecidas e elogiadas no mundo inteiro.
Dentre todos esses escritores citados, um, especialmente, tem algo a ver conosco. Refiro-me ao peruano Mário Vargas Llosa, que foi agraciado, no ano passado (2010) com o Prêmio Nobel de Literatura.
Mas, afinal, quem é Mário Vargas Llosa? Ele é um desses seres humanos predestinados, porque nascido em Arequipa, no Peru, país pobre do continente sul-americano, aprendeu as primeiras letras em outro país mais pobre ainda, a Bolívia, como aluno do Colégio de La Salle, na cidade de Cochabamba, quando tinha apenas cinco anos de idade. Para Vargas Llosa, esse acontecimento é considerado como o mais importante de toda a sua vida, porque, a partir de então, pôde traduzir as palavras dos livros em imagens. Eis aí, materializado, o poder e a magia do saber.
Com 10 anos, mudou-se para Lima e, em seu país, Vargas Llosa teve, ao lado da família, e principalmente da mãe, separada do marido com apenas cinco meses de casada, uma vida plena de amor e proteção, e recebia dos mais próximos todo o estímulo para superar as primeiras dificuldades. Como ele mesmo diz, graças a sua mãe, à própria teimosia e também à sorte, ele conseguiu dedicar grande parte do seu tempo a essa paixão, que se transformou em verdadeiro vício, que é a arte de escrever. É óbvio que, para tanto, teve de ler e ler muito os grandes autores. Isso é quase uma rotina na vido dos escritores, sejam eles famosos ou não. Impossível aprender a escrever sem ler obsessivamente. Só assim, vivendo em um país com escassos leitores e tantos pobres, analfabetos e excluídos, onde a cultura sempre foi privilégio de poucos, pôde alcançar o cimo da glória.
Do mesmo modo que tantos outros idealistas do seu tempo, ele abraçou o marxismo, como filosofia política e econômica, nos tempos revolucionários dos anos sessenta, quando para a maioria dos jovens estudantes e dos intelectuais de todo o mundo, como o nosso Jorge Amado, o comunismo era apresentado como a solução de todos os problemas da humanidade. Mas é curioso, também, que depois de conhecer melhor os métodos usados nos países onde o comunismo fora implantado, após revoluções sangrentas, a supressão da liberdade tenha levado Mário Vargas Llosa a bandear-se para o liberalismo, transformando-se em um dos poucos intelectuais renomados em um convicto liberal, e por isso mesmo, muito criticado. Como tal, chegou mesmo a disputar uma eleição presidencial no seu país, quando foi derrotado por Alberto Fujimore, que veio a se tornar em mais um ditador latino americano, envolvido em atos de tortura e corrupção, exatamente o que combatia Llosa, o candidato derrotado.
Vargas Llosa, cuja obra critica a realidade opressiva em seu país e a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina, tem como principal tema a luta pela liberdade individual. Não é à toa, que neste exato momento, quando o Peru está às vésperas de mais uma eleição presidencial, em que disputam um admirador de Hugo Chaves e a filha do mesmo Fujimore, condenado e preso, o escritor chegou a afirmar, quase no desespero, que o seu país optou entre o Câncer e a Aids.
Esta é a missão do intelectual, como somos nós, componentes da Academia de Cultura da Bahia: denunciar e jamais ser condescendente com os déspotas.
Desiludido e correndo o risco de perder a cidadania peruana, Vargas Llosa exilou-se, voluntariamente, na Espanha, país que o acolheu, deu-lhe a cidadania e projetou o escritor para o mundo, publicando as suas obras. Muitos dos seus escritos são autobiográficos, como A cidade e os cachorros (1963), A Casa Verde" (1966) e "Tia Júlia e o Escrevinhador"(1977).
Desde então, sem renunciar a cidadania peruana e amando a Espanha, sua segunda pátria, tornou-se um cidadão do mundo, tendo vivido em Nova York, Londres, Paris e outros centros intelectuais importantes, ministrando aulas em Universidades, escrevendo para jornais e fazendo palestras para as platéias mais exigentes.
Mário Vargas Llosa, ao referir-se carinhosamente à sua segunda esposa, Patrícia Llosa, com quem é casado há mais 45 anos, porque já divorciado da primeira, nos revela um retrato perfeito da sua própria personalidade e do seu comportamento, quando diz: “Ela faz tudo e faz tudo bem. Resolve os problemas, administra as finanças, põe ordem no caos, mantém na linha jornalistas e intrusos, organiza o meu tempo, decide encontros e viagens, faz e desfaz malas e é tão generosa que, até quando acha que me repreende, me faz o maior dos elogios: Mário, você só serve para escrever”.
Mas não podemos encerrar este singelo trabalho, sem fazermos referência ao vínculo de Vargas Llosa com o Brasil, especialmente com a Bahia. Impressionado com a leitura de os Sertões, a obra magistral de Euclides da Cunha, Llosa decidiu, do mesmo modo, escrever um livro sobre o episódio de Canudos. Depois de visitar o sertão da Bahia e ouvir o relato de descendentes de jagunços e estudiosos do drama vivido por Antônio Conselheiro e seus seguidores, que culminou com a destruição do Belo Monte, o gênio de Vargas Llosa nos premiou com o fascinante livro A Guerra do Fim do Mundo, dedicado a Euclides da Cunha, levando os mais diversos povos, através da leitura, a conhecerem a saga de Antônio Conselheiro.
A ele somos gratos por isso, e por isso nos jubilamos com a sua grande conquista no campo literário, ao ser laureado com o troféu maior da intelectualidade.
Eldon Canário
Salvador, 06.05.2011.
terça-feira, 10 de maio de 2011
CARTA PARA KÁTIA
Benjamin Batista, filho
(Tio Euzinho)
Quando eu tinha 11 anos, num distante 31 de julho, no meio de todo dengo, caçula, carinhosamente chamado por ela de “meu Eskundunga”, perdi de vista minha mãezinha querida, meu anjo bom, cujo rosto, cujo afeto, cujo carinho, nunca esqueci, mesmo considerando o pouco tempo de convivência. Sei que também os meus 9 irmãos (na época) nunca a esqueceram. Dois deles, já partiram: Waltinho, seu tio, e, Olga, sua mamãe querida, amada tanto quanto a minha; nas fotos que envio anexas, veja só o brilho dos olhos de ambas, tão parecidas, filha e mãe, hoje encantadas, viraram estrelas e mistério, pois a vida e a morte são dois lados de u’a mesma moeda e só Deus nos consola para entendermos ou aceitarmos a fragilidade que nos rodeia e a esperança que nos anima...
Em maio do ano seguinte, quase um ano depois da viagem de minha Mãe Menininha para o infinito, eu com 12 anos incompletos, pois sou de 18 de junho, passei meu primeiro Dia das Mães sem ver, sem abraçar, sem beijar, aquela que me estimulava a cantar (lembro que ela tocava bem o violão) a declamar poesias e pedia a todos que batessem palmas para mim quando eu subia num monte de areia que havia próximo à mangueira (árvore / irmã ainda viva, que ela plantou há mais de 70 anos no casarão da Rua da Igreja, lá nos sertões de Euclides da Cunha). Na plateia, dentre outros irmãos e irmãs (e vizinhas amigas) lá estava sua mamãe Olga, mais conhecida no meio familiar – com o nome de Dodó e na hora de nossas arrelias (e também de afeto) Carrá, porque ela, quando chorava, começava como se fosse um pássaro: ca-rrá... ca-rrá... ca-rrá...
Uma vez, Kátia, eu cursava o primário – como se dizia naquele tempo – e a professora Antonieta Xavier (que um dia me salvou a vida) me ensinou um poema para eu declamar no sagrado Dia das Mães. Decorei-o, todo compenetrado, declamei-o em frente aos meus colegas e professores no Grupo Escolar ali na chamada Rua dos Ricos. Lembro que o início era assim:
com gosto de esperança e sal...”
Nesse dia, ela já havia morrido. Embora a poesia falasse de u’a mãe que partira, mencionava as virtudes especiais que só as mulheres mães possuem e do “amor que exalam como se fossem flores para alegrar nossas vidas” e eu fiquei empolgado, esqueci totalmente que ela já havia partido e depois da festa escolar, entrei correndo casa a dentro (como fazia sempre em outros eventos similares que nós chamávamos efemérides – cuja palavra eu achava linda mas nem sabia o que era) para abraçá-la na cozinha e... meu Deus, minha mãezinha querida não estava lá. Aí eu senti a maior tristeza que até então eu sentira no curto e frágil tempo dos meus 12 anos. Então, meu papai saudoso, em prantos, abraçou-me e consolou o menino poeta – que, por um momento, parecia ter perdido a noção da realidade, pois desde o ano passado sua musa inspiradora já havia partido quando viajou para Feira de Santana fazer uma cirurgia de hérnia e nunca mais voltou...
Só agora sei, tanto tempo depois, que quando na despedida (era uma caminhonete com uma espécie da cama dentro, não se poderia chamar aquilo de ambulância) ela olhou um por um dos filhos presentes e, corajosa, nos beijou com olhar de santa e deixou escapar uma lágrima doce quando fitou mais a mim e a sua tia Maurinha (minha Vavá, companheira nº 1 dos meus folguedos e pintanças que não eram poucos) provavelmente por sermos os mais frágeis (na verdade, todos estávamos fragilizados – e nem sequer sabíamos que era sua última viagem).
Todos a amávamos, todavia quem mais não entendeu nem aceitou de início a perda, foi nossa Dodozinha querida, que acordou e sacudiu escandalosamente toda a cidade, para dizer aos quatro cantos que havíamos perdido nosso tesouro.
E que tesouro, Kátia! Tão amorosa, bonita, inteligente, alegre, cheia de criatividade para colocar apelido nas pessoas e para contar piadas. Disputávamos quem deveria levar sua cadeira macia para ela ir rezar na Igreja Velha (de 1730 +/-), pois ela era devota do Coração de Jesus ou Filhas de Maria e eu sei, Katinha, que quando ela, contrita, rezava, era “uma santa ouvindo o que a outra santa dizia”, como eu já vi escrito num outro belo poema antigo.
Portanto, querida, mando-lhe esta carta que hoje chamamos de e-mail, para lhe servir de consolo e a todos filhos, netos e netas de sua mama querida, pois ela herdou e usufruiu a vida inteira nos 70 anos que nos enriqueceu a todos, as mesmas características que sua avó Menininha, viveu, sobretudo na alegria e no ensinamento de sermos, os irmãos, amigos uns dos outros, cujo exemplo raro, é percebido, até nos dias atuais, nas irmãs que sobreviveram, uma vez que nunca vi tanto carinho e cumplicidade em nenhuma família, como vejo entre as irmãs (que tanto lhe amam e aos seus irmãos): Mariazinha, Rosália, Nair e Maura.
E como dói a saudade que temos de Olga!
Na verdade, ainda não chorei todas as lágrimas, igualzinho ao caso do nosso querido Júnior, filho de Nair, tantas vezes amada. Toda vez que vejo Nair, enxergo Júnior nos olhos dela. E choro, porque aprendi desde cedo (no susto dos 11 anos!) o significado das palavras amor e saudade.
Neste Dia das Mães, o primeiro sem vê-la fisicamente, sinta quanto ela vive no seu coração e na alma de todos seus irmãos e irmãs queridos. Converse com Deus e agradeça por ter vivido mais de 30 anos junto daquela que tanto lhe amou e imagine o quanto foi duro para ela quando perdeu sua avozinha que você nem conheceu, considerando que nós éramos tão jovens e inocentes, mas fomos amados bastante por nossos pais que nos deram o impulso afetivo necessário para viver e entender os mistérios que nos rodeiam. E de que nesta vida tudo é relativo e que SÓ DEUS É GRANDE.
De minha parte, quando perdi minha mãezinha na ingenuidade da minha adolescência (e creio que na parte dos meus irmãos e irmãs) busquei lenitivo nos braços da Mãe Divina – melhor remédio para todas as circunstâncias, que de tudo sabe e que em tudo É, como nos ensinaram Jesus Cristo, os santos e sábios de todas as épocas e religiões, para mim em especial, o mestre Paramahansa Yogananda – que lhe sugeri leitura e entendimento dos seus ensinamentos. Leu o livro que comprou na Saraiva do Shopping Barra?
Por tudo, Deus seja louvado!
Não sei como terei coragem de ir, como espero, a Euclides da Cunha no São João e, em lá chegando, não rever nossa querida Dodó. Minha sorte é que, enquanto viver, ela continuará viva no meu coração.
Num outro São João, recordo, Waltinho já adoentado, pediu a Nieta para ir ao forró de Zezé e Mariazinha. Não posso esquecer quando ele ao entrar no carro, já enfraquecido, olhou para todos nós, tirou o chapéu, deu um sorriso, um adeus e... era seu último São João... Também guardo na alma o último aniversário de Olga no ano passado e a magia que ela fez para reunir tantos parentes e amigos muitos dos quais não víamos há mais de 30 anos. Também era uma despedida e nós não sabíamos...
Só nos resta orar, somos frágeis no aspecto físico, mas somos fortes e eternos na essência espiritual. Passamos, mas não morremos. Só o amor pode nos dar a solução, amparados nos braços da fé e feliz é quem a tem, preserva, divide e divulga.
Peço que repasse esta carta para seus irmãos e irmãs (não tenho o e-mail de todos) e para outros parentes e amigos, para que, juntos, neste dia consagrado às Mães (que bom que inventaram este dia!) como presente a Olga, ofereçamos muitas orações e num feixe de luz, Deus e Olga nos abençoem e que tenhamos força para aceitar todas essas coisas que fogem à nossa compreensão. Se no céu tivesse e-mail eu gostaria de mandar este direto para ela. Isto eu não sei. E que estas fotos sirvam de conforto, pois tudo é passageiro nesta vida e precisamos viver cada minuto como se fosse a eternidade. De queda em queda a gente aprende a se levantar e a seguir adiante. Para onde a até quando, ninguém sabe.
Beijos e até breve.
Com amor, sempre, Tio Euzinho
Salvador (BA), 05/05/2011
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